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Li com a alegria na Revista Forum que seu enviado no Chile Victor Farinelli colheu a posição correta e patriótica daquela seleção de futebol, ídolos, jogadores e torcidas apóiam o levante popular que todo o povo move contra a desgraça neoliberal representada pelo presidente deles e seu governo nefasto.
É, sem dúvidas, sacudida profunda em todo o esporte latinoamericano, notadamente no brasileiro.
Aqui o futebol é cooptado pelo mercado dominado pelos bancos, pela indústria e comércio de automóveis, pelas cervejarias, pela indústria farmacêutica com remédios de combate a gripes, pela indústria e comércio de tênis e de fardas esportivas e, sobretudo, pela mídia, destacando-se a sugadora de dinheiro do povo, a Rede Globo.
Os times de futebol, principalmente os grandes clubes viraram empresas concentradoras de poder econômico, sob influência partidária de direita, com patrocínios pesados, inclusive à alienada seleção brasileira, a mesma que vendeu a Copa para a Alemanha para ajudar os golpistas no Brasil.
As torcidas reúnem a perversa, atrasada e falsa classe média. Esta só se interessa por futebol enquanto produto de consumo e não como bem social e cultural.
Esses setores produzem abismo intransponível entre o Brasil – o seu povo – e o esporte como consumo burguês de satisfação de torcidas apáticas e de costas para a sociedade.
O vasta, poderoso espetáculo feito de cores, de cantos harmonizados, de gritos sincrônicos, de lágrimas e de suor não guardam harmonia nem servem de energia para a libertação do povo angustiado e sofrido, embora seja ele a fonte da dinheirama que sustenta o edifício dos prazeres esportivos para o povo mas sem interesse nele.
Jogadores considerados tops, estrelas internacionais, são figuras folclóricos que esqueceram seus passados pobres de famílias operárias.
Ao se embeberem com a fama e com muito dinheiro fácil, fruto de nervos e osso treinados, mas sem cérebro e sem consciência, perfilam em apoio a parlamentares, candidatos de direita, corruptos e traidores da pátria.
Que se arrependam, esse vendilhões, ao ver o exemplo de o meia Jorge Valdivia, que apoiou o neoliberal e carniceiro dos trabalhadores, Piñera nas eleições de 2017, mas se refez desse erro. Ou que sigam os jogadores Claudio Bravo, Jean Beausejour, Arturo Vidal e Esteban Paredes, que se aliam aos chilenos arrasados pelo neoliberalismo e não o seu algoz, patife servil aos Estados Unidos.
O goleiro Claudio Bravo, capitão da seleção chilena nas conquistas da Copa América de 2015, e na Copa América Centenário de 2016, criticou o neoliberalismo, a pior das pragas que abala o Chile contaminado pelo ditador nazista, ídolo do miliciano Jair Bolsonaro, Augusto Pinochet, ajudado pelo peão do mercado aqui no ministério da Economia do governo federal, o satânico Paulo Guedes,: “venderam às empresas privadas a nossa água, a luz, o gás, a educação, a saúde, as aposentadorias, os medicamentos, as estradas, os bosques, o salar do Atacama, os glaciares, os transportes… algo mais? Não será muito?”, questionou o goleiro Bravo.
O lateral-esquerdo Jean Beausejour, também bicampeão continental, denunciou que “o Exército para mim está associado ao pior período da história do nosso país”. A essa crítica se somou Charles Aránguiz sobre o Exército chileno, herdeiro das prisões, torturas e assassinatos promovidos pelo ditador Pinochet, ao comentar vídeos que rolam pela internet mostrando militares participando de saqueadores: “sinceramente, desconfio muito das intenções deles, quando atuam assim não é para melhorar a vida do povo”.
Há despertamento político dos jogadores e das torcidas no Chile. Muitos jogadores fazem autocrítica por se alienarem e até por apoiarem os facínoras que usaram o país, remendaram e destruíram a Constituição, tomaram o Congresso e o judiciário para roubar o Chile e empobrecer tanto o seu povo, levando os velhos à miséria e a juventude ao desespero.
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