Tudo neste “governo” deixa -nos com uma sensação de “estranheza do mundo”, como esse sintoma psicótico já era descrito no século passado, pelo fenomenologista K Jaspers, em seu Tratado de Psicopatologia. Só que no referido tratado Jaspers referia-se à esquizofrênicos, que no decurso de suas patologias, apresentavam inúmeros distúrbios perceptivos da realidade, às vezes com delírios e alucinações O sentimento de “estranheza do eu” (sensação de não reconhecer- se a si próprio como unidade) e do mundo circundante ( desrealização) e a sensação de despersonalização (também presente em epilépticos e na histeria) são sintomas muito angustiantes para quem o sente, quase a sensação de aniquilamento do eu ou a própria sensação de morte. Esses sentimentos psicóticos querem tomar conta de nós quando observamos as ações do governo brasileiro, ou seja, querem nos enlouquecer!
Volto ao DESgoverno Bozo para observar que a dinâmica que ronda toda sua ” equipe”, a começar pelo ” cabeça” é com real intuito de enlouquecer, psicotizar e controlar os brasileiros: a cada demonstração da anormalidade que circula pelos ministérios e secretarias, nós que não votamos “nisso daí”, sentimos algo semelhante à essa “estranheza do mundo” que sentem os psicóticos verdadeiros, como se estivéssemos num pesadelo ou dentro de um quadro surrealista de Dalí … Causa- nos perplexidade (e raiva, medo, e tantas outras sensações humanas reativas) ver, por exemplo, um Ônix Lorenzoni dizer ” tínhamos que ” impichtchar” (exatamente isso que você leu) a Dilma para acabar com o socialismo no Brasil. Mais adiante , o mesmo Ônix dispara: “a causa do que está ocorrendo na Venezuela foi o Foro de São Paulo”. Essa afirmação, não embasada na realidade, seria considerada um delírio na boca de um esquizofrênico, não fosse Ônix apenas um despreparado ignorante e mal intencionado entre tantos nomeados pelo Messias para enganar seus eleitores .
Além de Ônix, temos o desministro Weintraub, em cujo curriculum constam notas zeros e repetência no curso de economia da USP, tendo sido considerado um aluno medíocre. A revelação desta mediocridade, entre as falas destrutivas que profere desde que entrou no ministério, veio ontem no episódio da coletiva onde ele ” reparte os chocolatinhos” ensinando o brasileiro incauto como funciona o cálculo das porcentagens do que o governo quer desinvestir nas universidades. O cálculo é evidentemente um erro crasso de matemática, mas quem conhece psicanálise poderia ir além do simples cálculo numérico equivocado: existe na fala do Weintraub um “ato falho” que diz respeito ao que o inconsciente dele de fato pretende dizer mas é bloqueado parcialmente pela censura (superego) deixando entrever nas entrelinhas do seu discurso, sua verdadeira intenção. .Ao lado dele, um Presidente bufão e regredido, do ponto de vista intelectual e emocional, pega afoito um chocolate inteiro e o engole quase sem mastigar, e a cena, para quem conhece algo de psicologia , não pode passar desapercebida: um homem completamente desqualificado para a função que exerce e para a profissão de economista, tenta convencer- nos que 30% de desinvestimentos na área de educação para as Universidades, significa 3,5 % ou 3 ” chocolatinhos” e meio , enquanto o “Messias” engole avidamente 1 chocolate todo . A cena grotesca seria risível se não fosse perversa. E é dessa perversão moral e psíquica dos membros do governo como um todo, que o Brasil vai rolando ladeira a baixo. Quando Jair Messias engole o chocolate inteiro enquanto Weintraub minimiza porcentagens igualando 30% à 3,5%, o que está sendo mostrado nas entrelinhas, é o que farão com a educação nas universidades: vão na verdade ENGOLI-LAS e acabar com elas. O episódio dos chocolatinhos não pode ser esquecido por nós da esquerda. Precisamos usá-lo à exaustão, mostrar o vídeo da entrevista à exaustão, para explicar aos brasileiros “de bem” como funcionam de fato os governantes que elegeram. Mentem descaradamente, inventam, maquiam, tentam ” engrupir- nos” e depois engolem tudo, devoram e destroem todas as esperanças. Governo de CANIBAIS.
O sentimento, para quem pensa e vê isso tudo, para quem ouve uma Damares e a incrível história de Jesus no pé da goiabeira, para quem escuta o ex ministro colombiano mandar cantar hino nacional nas escolas, para quem ouve o Bozo liberar armas indiscriminadamente, autorizar caça a espécies silvestres, ameaçar invadir a Venezuela, rastejar aos pés de Trump num jantar, ver um Moro completamente exposto em sua ignorância e má fé ao dar coletiva onde demonstra não saber nada do que ocorre no governo, ao vermos o filho homossexual de Bolsonaro negar sua sexualidade e confirmá – la nas fotos em que aparece com seu “primo”, o sentimento, repito, que nos assola é de estranheza do mundo, como se não fizessemos parte da realidade, como se estivéssemos num mundo paralelo e nós que enxergamos a realidade tal como se nos apresenta, é que fossemos os ” loucos”. O que assistimos e nos causa essa “desrealização” é o mesmo que ocorre na relação de uma mãe esquizofrenogênica, aquela mãe de psicótico que desautoriza seu filho quando este enxerga a realidade. Provoca nele uma dúvida que mais tarde se converte em psicose. Estamos dentro de um governo cujo ” pai” é esquizofrenogênico, diz que ama o ” filho”, mas bate nele o tempo todo e diz que o faz porque o ama. Desta forma, já enlouqueceram há muito seus eleitores, de personalidades digamos ” primitivas” e de baixo nível intelectual/cultural.
Precisamos defender- nos desse enlouquecimento coletivo através da crítica, do confronto, do desmascaramento, da exposição , da tradução da linguagem bolsonarista para a linguagem da verdade nela escondida, mantendo nossa lucidez acima de tudo, contrariando o desejo desse governo que, ao enlouquecer o povo, quer manter- se perversamente no poder.
*Médica, Psiquiatra, Poeta, escritora, militante e Colunista do Cartas Proféticas.
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